segunda-feira, março 8

Cidades

O texto sobre o meu city tour em Porto Alegre foi escrito sem que eu pensasse escrever uma continuação.
Agora, voltando de Santa Catarina, fico ainda mais chocado com a sujeira que descrevi no texto anterior, e me constrange falar sobre Floripa.
Não do que sempre falamos como praias, pamonhas, caipirinhas, água clara, quente, mas do comportamento de seus cidadãos, que pejorativamente chamamos, os Catarina, os Mané, até de Ilhéus ( quem em português de Portugal é uma palavra pesada, entenda-se, caipira)
Pois bem, chame-os como quiserem, mas a cidade deles está limpa. O lixo está no lixo e não ao redor das cestas coletoras, a grama aparada etc...e uma frase está presente em muitas esquinas: Quem dá esmola não dá futuro.
Me perdoem os aprendizes do Cirque de Soleil que temos em cada esquina e que repetem todos os mesmo show.
Por que estão lá?
Porque alguns, querendo diminuir a sua culpa os estimulam.
Por que as escadas de igrejas estão cheias de pedintes? Eles sabem que a proximidade com Deus faz os crentes abrirem a carteira com mais facilidade.
Por que não doar a instituições responsáveis?
Dizer que a culpa é do prefeito? Não, a culpa é nossa.
Sempre foi assim e quem culpa o poder é quem está na oposição, é atitude política.
Quanto a Floripa, quem sabe eles precisem do turismo mais do que nós, é bem provável, e por isso nós que não dependemos dele, podemos sujar a cidade?
Lamentavelmente o casal de ingleses que ciceroneei por aqui não viu Santa Catarina. Foram embora antes, pelo menos eu poderia argumentar que no Brasil há gente, e cidades de todos os tipos.

Em tempo: O casal mora em frente ao Rio Tamisa, que já foi uma cloaca e hoje até salmões são pescados ali, O 1º capturado, aliás, ainda vive num aquário. É exemplo para todos, portanto, é possível.
Só depende de nós.

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