quinta-feira, abril 15

Rua, livros, badulaques e contrabandos

Vinte e Cinco de março é uma data que passou a pouco, mas também é o nome de uma das ruas mais famosas do Brasil. Querida pelos paulistanos e também pelos árabes, coreanos, chineses paraguaios e sacoleiros de qualquer estado.
Fica no centro de São Paulo e completaria 116 anos. Sim, completaria, porque para a surpresa dos comerciantes, até dos mais antigos, um livro chega as vitrines revelando que a rua é bem mais velha.
O primeiro registro é de 1865, portanto a rua tem 145 anos.
Fruto de uma pesquisa que começou como um trabalho acadêmico, o livro é um apanhado de curiosidades desse tumultuado centro de comércio, que chega a receber nas vésperas de grandes datas um milhão de pessoas.
Com o livro fica-se sabendo que o compositor Adoniran Barbosa, do samba do Arnesto, trabalhou como vendedor e entregador de uma loja de tecido.
O mais intrigante, mas não surpreendente é que ele foi demitido por ter o hábito de atender aos clientes batucando no balcão.
É com ajuda de detalhes como esse que o autor vai traçando o perfil da região ao longo do tempo.
Nós, aqui de Porto Alegre temos um autor que escreveu o livro sobre o Moinhos de Vento que entre outros elogios recebeu os do Dr. Brossard.
Agora sem alarde começa um sobre a Av. Independência.
Não posso pedir que ele desça da parte alta e rica onde sempre viveu para a parte plana, pobre e escreva um sobre a Voluntários, já que sobre a Rua da Praia, o Renato Maciel escreveu vários, mas bem que eu gostaria.
A 25 de março é mais ou menos a nossa Volunta, e o autor a que me refiro é o Carlos Augusto Bisson.

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