terça-feira, abril 20

Islândia, o esplendor do gelo e do fogo

Sempre tive curiosidade pela Islândia. Quem sabe isso tenha vindo das leituras juvenis quando soube que ali, bem embaixo de uma grande geleira era entrada para uma "Viagem ao centro da Terra", a fantasia realista de Julio Verne.
Ele nunca foi lá, mas perdeu uma viagem insólita, fantástica, mas que não é para todos.
Se você é um "shopping lover", desista, não é para você. Até posso associar ao que dizia o meu guru Xico Stockinger. "Todos gostam de cravos e rosas, mas só alguns vêem a beleza de um cactos".
É mais ou menos isto. Fui, gostei e produzi o documentário divulgado na época pelo cartaz acima.
Lamento que você o tenha perdido, pois é uma visão do outro mundo.
A prova? É a erupção deste vulcão de nome impronunciável.
Lá é uma coisa absolutamente normal, basta dizer que é um território que é ¼ do nosso Rio Grande.
Eles têm 200 vulcões esperando a vez de botar para fora as suas entranhas.
Boa viagem!
O texto que segue era a apresentação do slide show.

Ao longo de milhões de anos, em meio à fúria dos elementos, criou-se a Islândia: nascida da água pelo fogo.
No curso de incontáveis erupções vulcânicas atingiu suas dimensões atuais: 100.000 km², mas não definitivas.
Há uns 15 anos, por exemplo, uma nova erupção bem na costa deu origem a uma nova ilha: Surtney e acrescentou mais alguns quilômetros quadrados.
Hoje, é um campo de estudos e só alguns cientistas têm acesso. Estão analisando como a vida se estabelece num local que surgiu do fundo do oceano há 5.000 graus.
A tradução de Islândia para o português não me parece das mais felizes. Está mais para espanhol, isla...do que a tradução correta de Ice...land: Terra do Gelo.
Lavalândia seria quem sabe bem oportuno, pois boa parte do fantástico cenário é formado por lava solidificada.
Hoje, este pequeno território ainda tem vulcões: 200 ao todo, sendo que muitos ainda ativos. Na média dos últimos 100 anos a Islândia tem tido 3 erupções em cada 10 anos. Um deles, o Hekla, é tão feroz que se diz ser uma das portas do inferno.
Com todos estes inconvenientes naturais, um inverno de 8 meses e uma temperatura que alegra a todos quando chega a 12°C, o país é um sucesso, mesmo sem ter petróleo, terra cultivável, minério ou árvores.
Sequer importam verduras ou frutas, produzem tudo em estufas e têm padrão de vida igual à Noruega, Suécia e Dinamarca. Por que nunca se fala nisso? Pessoalmente acho que é por vergonha.
Todo o seu bem estar é derivado de um só produto: o Peixe.

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