quinta-feira, dezembro 3




O meu destino era Flores da Cunha.
Optei pela BR116, e mais ou menos, na metade do trecho, fui tomado pela explosão de cores. Mesmo com chuva, se viam alguns raios de sol que conseguiam furar o bloqueio de nuvens.

Ainda estamos na primavera, portanto é natural que as flores espouquem com intensidade.
Mas com o clima das última semanas, arrisco a dizer que as chuvas fortes que tem se encontrado com o calor, devem ter contribuído para o exagero.

O contraste do sol fervendo e o céu com nuvens pesadas deve ter provocado o contraste, desses que atordoam a vista de gente, acostumada a passar por lá tantas vezes que não repara mais em nada.
E até o fim do sobe e desce percebi que o espetáculo se estendia para outras espécies, outras plantas cujo nome desconheço mas que enchiam de graça as laterais da estrada.

O céu parecia de santinho. Quando coincidia um raio de sol sobre os plátanos amarelados, era realmente algo que só os deuses do Olimpo podiam proporcionar.

Mas há um se não. Se ficam tão bonitos, por que não plantamos mais plátanos? Os que existem foram plantados com certeza por alguma família de loirinhos, uns 30 ou 40 anos atrás. Não os plantaram para eles, mas para pessoas que como nós, ali passaríamos 30/40/50 anos depois.

E nós? Estamos fazendo a nossa parte? Plantamos mais alguns?
Essa é uma dádiva que nem o mais corrupto dos políticos de Brasília( Jornal de 30 de novembro) pode nos afanar, malufar, arrudar, mensalar e outros verbos que o Aurélio só vai publicar em edições futuras.

Voltando aos plátanos.
Se quisermos colaborar com os futuros passantes, e já que quem devia fazer, não o faz, quem sabe plantamos nós mesmos plátanos comuns ou os canadenses, os maples.

Fiz isso no Villa Borghese e nos dão muito prazer. Ficam alaranjados, depois vermelhos, roxos e caem, como para dizer que o inverno chegou.

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