Para se entender a festividade, é necessário lembrar que os celtas, ancestrais da maioria dos povos europeus, ocuparam vastas áreas daquele continente.
Eles adoravam a natureza e cultuavam vários deuses, dos quais o principal era o Sol que comandava o trabalho e o repouso, tanto da terra quanto dos homens.
Vivendo no hemisfério norte, os celtas celebravam o ano novo no dia 1º de novembro com o Samhain, um festival que assinalava o final da "estação solar" e o início da "estação do frio e da escuridão".
No final de outubro, portanto, quando as colheitas estavam concluídas e guardadas, os sacerdotes druidas, no alto de colinas onde cultivavam seus azevinhos reuniam-se para a festa de todos os ausentes.
Nesta noite, os celtas consideravam anulada a separação entre o mundo dos homens e dos espíritos. Acreditava-se que a partir dessa festa, os espíritos podiam vagar livres, entre os humanos, da mesma forma que os humanos, por intermédio de ritos, podiam adentrar o mundo dos espíritos. Era também a noite mais propícia para adivinhações e para saber o que o destino lhes reservava.
A decadência dessas festas deve-se à pressão contrária exercida pelo cristianismo Sabe-se que uma das primeiras iniciativas dos cristãos, ao conquistar o poder, era proibir toda a forma de oferendas e sacrifícios das festas pagãs. Depois, na falta de um calendário próprio, esses mesmos cristãos começaram a parasitar as festas pagãs.
Deram a elas nomes de santos, antes de integrá-las à sua própria mitologia.
Durante muitos séculos, a maioria das igrejas foi construída sobre os antigos lugares de culto pagão e assim a antiga festa druida do solstício de inverno se tornou o Natal.
A festa do solstício de verão se tornou o nosso São João.
E Halloween, véspera de Todos os Santos se tornou a festa dos finados, que vem aí.
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