Lendo os jornais da semana, atrasados, devido a minha ausência, me deparei com um conflito de opiniões.
Cheguei atrasado para participar, mas li hoje dia 25 a opinião do Régis Gonzaga e concordo com ele do princípio ao fim.
Antes que você comece a ler, quero que saiba que "graffiti" ou "graffities" não são minha arte preferida.
Mas devo reconhecer que com a atual orientação da Prefeitura, dispondo de muros, a nossa cidade está se tornando menos suja e com o tempo os grafiteiros vão melhorar.
Mesmo nascido nas ruas os graffitis já alcançaram o seu lugar.
Até novembro, por exemplo, a Fundação Cartier em Paris manterá a exposição "Nascido nas ruas: GRAFFITI".
Grafitar não é pendurar quadros em muros. Eles estão ali porque nasceram alí, nos muros das ruas.
Pelo que sei tudo começou em New York, quando os pioneiros começaram a transformar os carros do metrô em quadros andantes. Keith Harina e Basquiat começaram a revelar o seu talento nesta arte não convencional.
É claro que isto deixou vítimas. É perigoso pintar em metrôs velozes e em lugares movimentados e fugindo da polícia, é claro...
Leio no TIME que os melhores já desapareceram, eram de 1989/90, a idade de ouro do graffiti, mas expostos ao tempo não podiam durar e nem era essa a proposição.
O curador da exposição chama o ato grafitar de " uma dança com as paredes, com a noite e com a polícia".
Daí se espalharam pelo mundo.
Em São Paulo se criaram gigantescas pinturas sendo uma delas com 12 andares.
A primeira coisa é separar grafiteiro de pichador.
Os grafites são em muros previamente acertados e com projetos, a qualidade depende do talento do autor.
Os pichadores andam simplesmente lambuzando a cidade ou as escolas, como o caso do estudante de Viamão.
Li nos jornais do Rio que dois seguranças que cuidavam de um bairro, protegendo moradores e muros tinham mais sucesso que seus colegas com a mesma função. Só depois se descobriu que quando flagravam alguém pichando tinham uma fórmula que desencorajava os pichadores: com a gentileza de leões de chácara, mandavam baixar as calças e com os mesmos sprays, pintavam frente e fundos dos delinqüentes.
Não sei se a fórmula é aceita por gente que acha um jovem, de 80 kg, "um menor", mas certamente a fórmula é olhada com simpatia por quem como eu, que já teve os seus muros pintados.
Uma idéia mais inteligente, sem dúvida, quem teve foi o atual dono do Studio Clio.
Quando era só Studio, vivia sujo e lambuzado. Depois de inúmeras pinturas ( em média 3 a 5 mil reais cada) desisti e me limitava a me desculpar com os espectadores.
Pois o Chico Marshall, doutor, professor, mestre e arqueólogo (além de pianista) simplesmente tem sempre a mão uma lata de tinta da cor do prédio, e o 1º funcionário que chega pela manhã ao ver o prédio vandalizado, imediatamente repinta o lugar.
Dessa forma o "herói" da madrugada, que sujou tudo não chega a ver a sua "obra."
Foi um sucesso. Aos poucos os pichadores ficaram sabendo que sua marca ali não seria vista e foram desistindo.
A idéia foi e é brilhante, mas confesso que gostei mais da fórmula carioca.
Só me lembrar que, em vez de ir à praia, o sujeito tem que ficar em casa removendo com querosene, gasolina, thiner etc.. a tinta de lugares tão sensíveis, já reconforta.
Em tempo: parabéns professora Maria Denise!
Cheguei atrasado para participar, mas li hoje dia 25 a opinião do Régis Gonzaga e concordo com ele do princípio ao fim.
Antes que você comece a ler, quero que saiba que "graffiti" ou "graffities" não são minha arte preferida.
Mas devo reconhecer que com a atual orientação da Prefeitura, dispondo de muros, a nossa cidade está se tornando menos suja e com o tempo os grafiteiros vão melhorar.
Mesmo nascido nas ruas os graffitis já alcançaram o seu lugar.
Até novembro, por exemplo, a Fundação Cartier em Paris manterá a exposição "Nascido nas ruas: GRAFFITI".
Grafitar não é pendurar quadros em muros. Eles estão ali porque nasceram alí, nos muros das ruas.
Pelo que sei tudo começou em New York, quando os pioneiros começaram a transformar os carros do metrô em quadros andantes. Keith Harina e Basquiat começaram a revelar o seu talento nesta arte não convencional.
É claro que isto deixou vítimas. É perigoso pintar em metrôs velozes e em lugares movimentados e fugindo da polícia, é claro...
Leio no TIME que os melhores já desapareceram, eram de 1989/90, a idade de ouro do graffiti, mas expostos ao tempo não podiam durar e nem era essa a proposição.
O curador da exposição chama o ato grafitar de " uma dança com as paredes, com a noite e com a polícia".
Daí se espalharam pelo mundo.
Em São Paulo se criaram gigantescas pinturas sendo uma delas com 12 andares.
A primeira coisa é separar grafiteiro de pichador.
Os grafites são em muros previamente acertados e com projetos, a qualidade depende do talento do autor.
Os pichadores andam simplesmente lambuzando a cidade ou as escolas, como o caso do estudante de Viamão.
Li nos jornais do Rio que dois seguranças que cuidavam de um bairro, protegendo moradores e muros tinham mais sucesso que seus colegas com a mesma função. Só depois se descobriu que quando flagravam alguém pichando tinham uma fórmula que desencorajava os pichadores: com a gentileza de leões de chácara, mandavam baixar as calças e com os mesmos sprays, pintavam frente e fundos dos delinqüentes.
Não sei se a fórmula é aceita por gente que acha um jovem, de 80 kg, "um menor", mas certamente a fórmula é olhada com simpatia por quem como eu, que já teve os seus muros pintados.
Uma idéia mais inteligente, sem dúvida, quem teve foi o atual dono do Studio Clio.
Quando era só Studio, vivia sujo e lambuzado. Depois de inúmeras pinturas ( em média 3 a 5 mil reais cada) desisti e me limitava a me desculpar com os espectadores.
Pois o Chico Marshall, doutor, professor, mestre e arqueólogo (além de pianista) simplesmente tem sempre a mão uma lata de tinta da cor do prédio, e o 1º funcionário que chega pela manhã ao ver o prédio vandalizado, imediatamente repinta o lugar.
Dessa forma o "herói" da madrugada, que sujou tudo não chega a ver a sua "obra."
Foi um sucesso. Aos poucos os pichadores ficaram sabendo que sua marca ali não seria vista e foram desistindo.
A idéia foi e é brilhante, mas confesso que gostei mais da fórmula carioca.
Só me lembrar que, em vez de ir à praia, o sujeito tem que ficar em casa removendo com querosene, gasolina, thiner etc.. a tinta de lugares tão sensíveis, já reconforta.
Em tempo: parabéns professora Maria Denise!
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