sexta-feira, setembro 18

Chicago ...Chicago.....Chicago


Você lembra da música?
Se já esteve lá, vai lembrar também de suas características marcantes.
Primeiro do frio, especialmente quando chegam os ventos do norte. Norte dali é o Alaska, não esqueça. É como se os ventos viessem de um freezer aberto e passam ainda pelos grandes lagos o que mantém sua velocidade intacta.

É a época que a cidade se volta para os ambientes fechados, quando se pode apreciar melhor o sucesso e a verdadeira fama de berço do blues. Berço não é a palavra certa.
Os músicos vinham de Nova Orleans estimulados pela possibilidade de trabalho. Lá era só cantar gospel em igrejas, lindo, mas não pagava o super mercado.

Por outro lado, temos a Chicago do curto verão, quando o Lago Michigan que domina a paisagem se pinta de um verde azulado e o céu torna-se azul forte.
As praias diante da cidade se enchem, só de canadenses é claro, pois a água segue gelada. Tão gelada que inventaram o kids dryer, isto mesmo, o secador de crianças, onde cabem também adultos. Um cano de uns 20 metros de comprimento por uns 2 e ½ de altura e jatos constantes de ar quente.
Você entra molhado por um lado e sai seco do outro.

Na primavera,bem...aí é como se a população caminhasse numa floricultura, pois as ruas e praças ficam todas floridas.

Chicago parece a glória da civilização americana, elo de ligação entre as pradarias do oeste e os produtores de alimentos do leste.
Com o tempo e o trabalho, tudo cresceu e prosperou, apesar de temperaturas de 40 graus abaixo de zero todos os anos.

O incêndio que destruiu tudo em 1871 criou o espaço necessário pela prefeitura para administrar uma nova arquitetura.
Chicago se antenou na desgraça e convocou arquitetos de todos os lugares criando as bases da nova arquitetura americana.
Ali surgiram os arranha céus e podem-se ver prédios de gênios como Louis Sullivan e Frank Lloyd Wright.

Passear pela área central é observar e admirar alguns dos melhores momentos da arquitetura.
E melhor: é possível caminhar sem atropelos. A cidade tem trânsito simples, ônibus modernos, bom metrô, em parte elevado no centro, ou seja, as ruas fluem embaixo.
Tudo contrasta com prédios antigos, altos ou baixos, perfeitamente restaurados. A área se chama, Magnificent Mile e não é arrogância, é magnífica mesmo.
O Museu do Art Institute, na Michigan Avenue, é um show. Sua coleção de impressionistas é talvez a melhor dos Estados Unidos.
As opções culturais são muitas, os museus estão logo ali, mas guarde isso para a época fria. É certo que você vai voltar.

A Michigan Avenue, justamente a área destruída, onde se criou a Magnificent Mile que já falamos, reúne as mais sofisticadas lojas que você pode desejar.
Se o seu orçamento for do tipo do meu, não se aflija, o maior outlet dos Estados Unidos fica a uns 40 minutos ao norte da cidade.

Outro lado a favor de Chicago é a gastronomia. Come-se muito bem e mais barato do que Nova York. Um que me lembro é o Lucky, italiano claro, e o nome tem a ver com o Lucky Luciano, um dos gangsters do passado turbulento da cidade.
Sim, porque a cidade tem o seu lado dark, ali foi o QG do Al Capone, ali ocorreu a noite de São Bartolomeu. Aliás você pode ver tudo isso num tour em ônibus da época. A propósito você sabe o nome do Al Capone?
Provavelmente não, portanto satisfaça a sua curiosidade lendo as 6 linhas que faltam.

Se você é chegado a um breakfast a qualquer hora, experimente os da Corner Bakery, uma rede de padarias 24 horas. Os pães são do outro mundo e se você duvida pode crer. Já vi filas na rua, mesmo com temperaturas abaixo de zero só por um breakfast, mas é daqueles que se o seu cardiologista souber, o expulsaria do consultório na hora.

A noite, você tem a House of Blues e muitos outros clubes menores que oferecem boa música a preços acessíveis.
Não perca!

Ah, sim, o nome dele era Alfonso, Alfonso Capone.

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