terça-feira, fevereiro 23

Gigantes flutuantes


Cada vez que alguém me conta sobre um cruzeiro marítimo, tenho vontade de beliscá-lo só para ver se não está sonhando.
Em seguida, me convenço que ele não está. Eu é que estou custando a me convencer que aquilo tudo existe.
Fiz duas viagens de volta da Europa de navio. Gostei, mas na época um barco era um barco. Claro que tinha comida, restaurante e piscina. Se dançava no bar e era tudo divertido, mas como disse, um barco era um barco.
Hoje são shoppings centers, com cassino, academias de ginástica e cinemas. Parece um sonho da classe operária chegando ao paraíso (como no filme).
Os gigantes do futuro, já não terão apenas ruas, mas rodovias, taxis, até lotações, para que se visite algum outro passageiro.
Os passageiros poderão alugar carros e viajar por estradas cênicas que circundarão campos de golfe, vinhedos e montanhas artificiais.
Em alguns desses navios, será possível praticar esqui alpino, com neve de verdade. Não há limites para esse crescimento, a não ser o próprio limite dos mares.
Como otimista que sou, imagino que até lá, os projetistas navais terão desenvolvido a idéia de criar enseadas, praias e até mesmo portos, encaixados em algum andar da embarcação, sem ter que descer em ilhas subdesenvolvidas.
Já vi praias, praia de verdade com areia, água, ondas, guarda sóis etc...num shopping no Canadá, acho que em Edmonton( dizem também que é o maior shopping do mundo, e deve ser).
Portanto, não vejo porque não ter tudo isso embarcado, sem a chatice de descer em ilhas, e ser recebido com bandas de calypso, dançarinos, dezenas de taxistas querendo levá-lo em um tour pela ilha, e claro que parando na lojinha de um primo, que faz desconto especial.
A opinião não é minha, que nunca fiz um cruzeiro, mas da minha mãe que nos seus últimos anos embarcava em Montevideo com ida e volta, ou seja, um cruzeiro na ida e o mesmo na volta, sem ter que descer do navio, sem arrumar mala, trocar cabine. Com quase 90 anos e fluente em italiano, era tratada como uma rainha. Só viajava em navios italianos.
Como disse antes, ainda não fiz, mas está nos meus planos, para quando as malas começarem a pesar demasiado.

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