A idéia de rodar em um motorhome nos pareceu perfeita para o Canadá, afinal teríamos paisagens deslumbrantes pelo caminho e liberdade garantida na estrada, e segurança absoluta.
Decidimos começar a viagem em Vancouver. A empresa que aluga esse tipo de veículo fez sugestões de roteiro, mas deixamos parte aos cuidados do acaso e aos conselhos do Flavio Steiner e de sua M. Her Andréia.
Não nos arrependemos. Eles estão lá há 2 anos e sabiam das nossas preferências turísticas.
As boas surpresas superaram em muito os pequenos percalços, se é que existiram.
Vancouver foi uma coadjuvante de luxo nessa aventura.
Embora estivesse longe de ser o foco da viagem, a cidade concentra tantas atrações, que ficamos mais tempo por lá.
Tomamos posse de nosso recreational vehicle.
Nos explicaram como funcionava a casa: a manutenção do tanque de água e de esgoto, o gerador, a eletricidade, o ar condicionado.
É bom que se diga que motorhome não é uma curiosidade. Já fomos a Nova Zelândia, Austrália, e a África do Sul com veículo semelhante, e nos últimos 2 anos, é o nosso meio de transporte na América do Sul. Recomendo-o a todos.
Viajar com a casa nas costas é um prazer, é uma filosofia, não uma forma econômica de viajar.
Depois de levar a bagagem para dentro e organizar um pouco, nossa primeira parada como sempre, foi no super mercado onde compramos comida, bebida e produtos de limpeza.
Afinal, nossa casa iria conosco a todos os lugares. Se alguém tivesse fome, era só entrar e fazer um lanche.
Dormimos em campings bem diferentes e nas cidades. Os que ficam dentro de parques, eram os mais bonitos. A infra-estrutura é menor, mas as vagas ficam mais isoladas, no meio de árvores ou às margens de rios. Concluímos que os campings públicos são mais interessantes que os particulares, além de terem um astral melhor, promovem palestras, apresentações teatrais, e documentários sobre a flora, fauna e clima da região.
Nossa rotina variava pouco e os dias eram longos. Clareava por volta das 5 horas e só anoitecia às 22 horas. Pulávamos da cama e após o café caíamos na estrada. Nosso plano era dirigir mais atentamente pois o caminho incluía além das várias atrações, panoramas extraordinários, e ursos, alces, cabras de montanha, as famosas "big horns" .
Assim que chegávamos aos campings, dávamos uma volta para confraternizar e decidíamos sobre o que comer, o que fazer. Ir a cidade? Ás vezes já haviam fogueiras , para assar batatas, cebolas , queijos e salsichas e até umas costelinhas. Mesmo assim, o paladar anglo saxão é outro. A qualidade é ótima, mas o que muda é o paladar.
A comida não foi o ponto alto da viagem, mas deu até para degustar um belo salmão, e também, pizza, macarrão. Por volta das 23h caíamos na cama.
E assim foram se passando esses 32 dias mágicos, a bordo de um carro-casa. Pela janela vimos a geleira Columbia Icefields, o Esmeralda Lake, as montanhas dos parques nacionais de Jasper e Banff.
Era só abrir a cortina e olhar os cenários.
Viajar de motorhome é preciso. Nem que seja uma vez na vida.
Fale conosco: delmese@terra.com.br
Um comentário:
Flavio,
Foi atraves de um um belo happy hour com queijos e vinho que lembramos de voces e entramos no teu blog.
Uau! Isto eh que eh blog.
Agora viramos leitores assiduos.
Esperamos voces para mais uma visita nesta regiao feia e sem graca.
Cheers!
Beijos Flavio, Andrea, Rafaela e Nicole.
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